O STF autorizou ontem abertura de mais um inquérito que somados aos demais citados nas investigações da operação lava jato já ultrapassam a casa dos 50 (cinquenta) inquéritos abertos apenas contra políticos. Mas, além das investigações já conhecidas contra construtoras, empreiteiras, diretores e gerentes da estatal, ainda existem outras empresas de fachadas criadas exclusivamente para darem suporte à organização criminosa que se formou em torno da Petrobraz.

A bem da verdade, o total de acusados já ultrapassam o número 100 pessoas que sofrem acusações criminais por crimes de corrupção, crimes contra o sistema financeiro, crimes de tráfico internacional de drogas, formação de organização criminosa e crimes lavagem de dinheiro.

Muitos acusados estão tendo dificuldade de encontrar escritórios de advocacia especializados na área criminal especialmente com conhecimento em Direito Penal Econômico para elaboração de suas defesas. Tendo em vista, que os melhores advogados criminalistas do Brasil, já estão comprometidos com vários clientes que já são réus na Operação Lava Jato, e, ainda sim, em razão da escassez acabam batendo nas mesmas portas em busca de auxílio.

Tal fato, inédito no país, revela-se difícil de ser contornado, haja vista, a colidência de interesses entre os réus. Outro fator bastante preocupante para os clientes e juristas é a velocidade que tramita o processo criminal da operação lava jato, dificultando ainda mais os juristas a frente das bancas advocatícias criminalistas na elaboração das estratégias defesa, pois necessitam de maiores esforços e empenhos de seus serviços, o que eleva os custos, pois deixam outras causas e clientes a favor deste.

Além do mais, alguns autores, coautores e participes dos crimes que envolvem os acusados na operação lava jato, não dependem apenas de um bom criminalista, porque os fatos não se limitam apenas no direito penal, mas no direito público e no direito internacional o que torna o fato único até agora no país.

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