A Polícia Federal cumpriu seis mandados de busca e apreensão nas cidades de Sumaré, Campinas e Americana, durante a Operação “Ciclo Final”, desencadeada na sexta-feira (22/11).
Foram apreendidos anabolizantes, aparelhos celulares e notebooks. A ação tem como objetivo desarticular uma associação criminosa especializada na importação e distribuição irregular de anabolizantes e outros medicamentos de uso controlado.
Associação Criminosa
A investigação teve início em 2016, a partir do compartilhamento de dados da Operação “Ciclo Final”, primeira etapa, deflagrada pela Delegacia de Polícia Federal em São José do Rio Preto-SP. A operação culminou com a desarticulação de uma grande organização criminosa, com vários revendedores espalhados pelo Brasil, que adquiria medicamentos da China e Paraguai e os distribuía por meio de serviço postal dos Correios.
O nome da operação é uma alusão à forma de administração dos medicamentos anabolizantes, cujo período de uso é chamado de “ciclo”. Os envolvidos poderão responder na medida de sua culpabilidade, pelos crimes de associação criminosa e falsificação de produtos destinados a fins medicinais, cujas penas somadas podem chegar a 18 anos de prisão.
Primeira fase da Operação
Na primeira fase da operação realizada em 2016, cerca de 150 policiais federais cumpriram 18 mandados de prisão e 26 mandados de busca e apreensão, em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e no Rio de Janeiro.
A investigação foi iniciada após a apreensão de uma encomenda que continha medicamentos anabolizantes, postada em uma agência dos Correios na região de São José do Rio Preto. A comercialização dos medicamentos era feita em sites especializados na Internet. Durante as investigações, foram apreendidos aproximadamente 300 kg de substâncias anabolizantes e outros medicamentos de uso controlado.
A organização criminosa, que atuava em todo território nacional há mais de cinco anos, importava as matérias primas da China e as acondicionavam em meio a outros materiais para dar aparência de licitude à importação. A droga era beneficiada e envasada em laboratórios montados pelo próprio grupo, que a deixava pronta para uso.
Segundo o inquérito policial, os compradores eram, em sua maioria, frequentadores de academias e fisiculturistas.
Os presos foram encaminhados a estabelecimentos prisionais dos respectivos estados, onde ficaram à disposição da Justiça Federal e responderão pelos crimes de tráfico de drogas, falsificação de produto destinado a fins medicinais e integrar organização criminosa, cujas penas variam de três a 38 anos de reclusão.